quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Comprar um bilhete de volta ao mundo ou comprar bilhetes separados para cada trecho?



Essa foi uma grande dúvida que tive... o que vale mais a pena, comprar o famoso round the world ticket ou comprar os bilhetes separadamente com cada companhia aérea. Todos tem prós e contras.

Comprar um bilhete de volta ao mundo é uma boa idéia, porque é na maioria das vezes muito mais barato do que comprar os bilhetes em separado. Existem diferentes formas de comprar o bilhete RTW:

-Podes escolher os agentes que compram bilhetes em grandes lotes com diversas cias aéreas, entre muitas, o bootsnall.com. Esses agentes dão muita flexibilidade de rotas, datas e destinos, justo porque trabalham com diversas alianças aéreas, mas os preços ficarão bem salgados se quiser customizar a sua viagem. Um exemplo é o www.airtreks.com

-Podes comprar direto com uma aliança aérea. Essa é na maioria das vezes a opção mais barata. Aqui não existe intermediário, compras diretamente com a aliança, através do site ou no escritório de uma das empresas aéreas da aliança. Cada aliança tem um programa diferente, e faz-se necessário analisar muito bem as particularidades oferecidas por cada aliança. Em alguns sites é possível até comprar o bilhete online, em outros apenas consegues a estimativa de preço. A http://www.oneworld.com por exemplo, é a única que permite fazer a travessia do Oceano Pacífico Sul, entre a América do Sul e a Oceania. Isso significa que se escolheres outra aliança, terá obrigatoriamente que voar para a América do Norte, e consequentemente não poderá fugir da emissão de um visto para os Estados Unidos, México ou Canadá. Além do já citado site da Oneworld, cheque também os sites: http://www.skyteam.com e http://www.staralliance.com, que também possuem tickets RTW a preços muitíssimo competitivos.

Saliento: é preciso muita atenção na análise das rotas e preços dos bilhetes de cada aliança. Algumas cobram por milhas, outras por continentes... umas limitam os vôos por continente... a maioria delas te dá uma grande vantagem: tens flexibilidade para marcar os seus vôos, sem pagamento de taxas adicionais ou multa na alteração de datas. Ou seja: podes voar quando bem entender, desde que existam lugares na aeronave! Essa é uma grande vantagem, pois se sentes que quer passar mais tempo naquele país que inicialmente pensou não ser tão interessante assim, poderá fazê-lo sem machucar o bolso! Enfim, são inúmeras regras e é preciso escolher a que melhor se adapta para as suas necessidades.

Comprar os bilhetes em separado pode ser um bom negócio também! Principalmente se pretendes fazer longos trechos por terra, se tens tempo para o deslocamento ou se passará muito mais tempo num continente só, sem a necessidade de voar. Mas existem alguns obstáculos: se comprares os bilhetes aéreos com antecedência, terá que pagar multas e diferenças tarifárias se precisar alterar as datas dos vôos (no bilhete RTW comprado com as alianças aéreas as datas são flexíveis). O lado ruim de comprar os bilhetes em separado é que em alguns países com controle de imigração mais "chato", precisarás apresentar um bilhete de saída do país... e isso te deixará engessado, pois vai precisar comprar um bilhete de saída antes de saber quanto tempo realmente quer ficar no país... e se tivesse um bilhete de volta ao mundo, estaria muito mais tranquilo e flexível quanto a esta questão. Em outros países podes escolher comprar um bilhete logo antes de voar... claro que pode! Só que comprar um bilhete transcontinental mesmo que vinte dias antes de voar pode sair uma facada! Um bilhete Sydney - Santiago comprado com um mês de antecedência do vôo pode custar quase a metade de um bilhete de volta ao mundo que contém 16 vôos!!! Entendeu agora porque eu dei tanta ênfase para o planejamento? Planejamento reflete em muitos zeros de diferença na sua conta bancária!

O resumo desse "capítulo inicial" é que precisas organizar os seus destinos. Tentar fazer uma lista priorizando os países que não abre mão de visitar... e de forma descrescente organizando os menos importantes, pois chegará um momento que terás que abrir mão de algum, seja por questões de visto, de tempo ou de transporte. (podemos usar o visto do Japão como exemplo. O visto japonês é válido por três mêses a partir da sua emissão no Brasil... ou seja: tens que visitar o Japão no máximo três meses depois de tirar o pé da nossa terrinha - resultado: fica muito complicado deixar o Japão para o final da viagem... e esses pequenos detalhes acabam refletindo em outras opções, como a direção da volta ao mundo - leste para oeste, ou oeste para leste e consequentemente na escolha dos bilhetes/alianças aéreas).



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